“I refuse to say I’m sorry
I refuse to give a fuck about how you feel
Anything I said or did, I meant it
If I offended you, it was intentional
No remorse
No remorse”
Quando ouvi essa primeira estrofe da música “No Remorse” de “Carnivore”, novo disco do Body Count, pensei comigo mesmo: “Caralho! Essa é a essência da atitude heavy metal!”.
A explícita violência das palavras e da música significam muito mais uma intenção de expressar um sentimento, uma visão, uma verdade, do que cometer um ato violento ou criminoso. O metal sempre foi assim! O problema é que ao longo dos anos – e já são muitos – a produção criativa do metal se tornou conservadora, padronizada sob um ideal de politicamente correto para o metal. Esse padrão se desgastou. O mito de satanás caiu. Criancinhas hoje usam emojis de satã fazendo s2. Mas quando ouço as palavras de um rapper cantando metal, quando sinto a vibração da música de uma banda formada por negros e imigrantes, eu sinto a mesma atitude de um “Reign In Blood”! A verdadeira atitude metal só acontece quando todos os padrões são desconstruídos. Por isso “Carnivore” é um dos melhores discos de metal do ano, da década, da história! Metal puro feito por negros e rappers!
Por Eliton Tomasi