Ouvir “My Dark Symphony” me fez resgatar a memória afetiva de uma época muito massa que foi o início da Valhalla. O Conception era uma das bandas que eu mais gostava e ouvia naquela época. Uma das primeiras resenhas que escrevi foi para o “In Your Multitude” publicada na segunda edição lançada em Setembro de 1996, ainda como fanzine. Foi interessante ler novamente essa resenha depois de tantos anos. Consegui me ver no texto, numa versão muito mais imatura e ingênua, é claro, mas no geral vi a mesma pessoa apaixonada por música. “My Dark Symphony” soa da mesma forma para a história do Conception. É a mesma banda apaixonante de antes, porém com maturidade e sensatez, sem os excessos da inconsequência que geraram discos como “Flow”, que não são ruins, mas que certamente eles não lançariam nesse momento. Mas se em “My Dark Symphony” há coisas que o Conception repete e não repete, há também coisas que eles nunca fizeram! Se não fosse por isso, retornar depois de 20 anos não faria o menor sentido.
Por Eliton Tomasi